Domingo, 03 de Novembro de 2024
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União Brasil rifou Elmar Nascimento e apostou em Hugo Motta para o comando da Câmara em 2025

Decisão tomada em jantar tenso garante apoio ao candidato dos Republicanos e negociação para cargas estratégicas na Casa

31/10/2024 às 10h39 Atualizada em 31/10/2024 às 10h52
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Após ser excluído pela cúpula do União Brasil, o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento, desistiu de desistir de sua candidatura e apoiar Hugo Motta, dos Republicanos, na disputa pelo comando da Câmara em 2025. A decisão foi tomada durante um jantar conturbado na noite desta quarta-feira (30), na residência do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, em Brasília, e deve ser anunciada oficialmente nesta quinta-feira (31).

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Durante o almoço do mesmo dia, Elmar já havia sido informado pela cúpula do partido de que sua própria candidatura havia sido rifada em favor de Motta. Como contrapartida pelo apoio, o União Brasil garantiu a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais relevante da Câmara, além da segunda vice-presidência da Casa.

Além disso, o partido está em negociações com o Palácio do Planalto para nomear Elmar para um ministério no governo Lula, mirando especificamente o Ministério da Integração Nacional, que já pertence à cota do União Brasil. No entanto, para isso, Elmar terá que negociar com o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que é o padrinho da atual indicação ao cargo, o ex-governador do Amapá Waldez Goes, licenciado do PDT.

Os Caciques do União Brasil afirmaram que a decisão de apoio a Hugo Motta foi influenciada pelo apoio crescente que o deputado dos Republicanos recebeu nas últimas horas, tornando inviável a candidatura de Elmar e deixando o partido sem espaço na Câmara. Antecipando-se ao PSD, que também possui um candidato na disputa, o União Brasil resolveu fazer seu jogo para garantir uma melhor distribuição dos cargos.

O União Brasil, com 59 deputados federais, e o PSD, presidido por Gilberto Kassab e com 45 parlamentares, está em uma corrida acirrada pela influência na Câmara, e o apoio a Motta reflete uma estratégia calculada para garantir espaços estratégicos para o partido nos próximos anos.

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*Com informações Metrópoles

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