
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança, apresentada pelo presidente Lula aos governadores, já enfrenta uma reação ferrenha dos deputados da “bancada da bala”. Composta por cerca de 250 parlamentares, a Frente Parlamentar da Segurança Pública articula estratégias para impedir o avanço da PEC, e, na próxima semana, planejam uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para intensificar sua oposição ao projeto.
Liderados pelo deputado Alberto Fraga (PL-DF), os parlamentares argumentam que o governo federal desconsiderou suas perspectivas ao elaborar a proposta, que, segundo Fraga, aumenta o controle da União sobre a segurança pública, esvaziando o papel dos estados. “O governo falou com os governadores, mas ignorou a bancada da bala, que representa a segurança pública no Congresso”, criticou Fraga, frisando que a proposta privilegia as forças federais em detrimento das estaduais.
O ponto mais controverso é a ampliação das competências da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), subordinadas diretamente à União. Segundo o deputado Sanderson (PL-RS), a PEC pode fazer com que as polícias federais sejam “empoderadas a um ponto que tornará as demais forças policiais prescindíveis para a população brasileira”.
Para frear o avanço da proposta, os parlamentares pretendem organizar audiências públicas e convocar o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para debater os impactos da PEC. A bancada da bala segue determinada a usar todos os meios ao seu dispor para bloquear o que consideram um "excesso de centralização" por parte do governo federal.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações Metrópoles