O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta segunda-feira (4) que as tão aguardadas medidas de corte de gastos públicos devem ser anunciadas ainda esta semana. Uma decisão que surge em um cenário de crescente pressão do mercado, levou o ministro a cancelar uma viagem programada à Europa a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Minha ida estava dependendo dessa definição. Como o presidente pediu para ficar, e como as coisas estão muito adiantadas do ponto de vista técnico, acredito que estaremos prontos esta semana para anunciar as medidas de corte de gastos”, afirmou Haddad durante conversa com jornalistas. O cancelamento da viagem demonstra a urgência do governo em responder às demandas do mercado, que reagiu qualidades na última sexta-feira (1º) com a alta do dólar, que chegou a R$ 5.869, o maior valor desde a pandemia de 2020.
Haddad se reuniu com outros ministros para discutir o andamento das questões relacionadas ao plano de austeridade e afirmou que os detalhes ainda estão fechados em sigilo, cabendo ao presidente Lula a decisão sobre como serão apresentados ao público. O clima é de expectativa, já que as medidas são consideradas cruciais para estabilizar a economia e recuperar a confiança do mercado em um governo que enfrenta desafios constantes.
Enquanto Haddad se prepara para o anúncio, Lula se reuniu com alguns ministros para avaliar as ações do G20, evento presidido pelo Brasil neste ano. A reunião, que durou cerca de duas horas, foi marcada para discussão de estratégias e ações que podem influenciar diretamente na implementação do plano de corte de gastos.
Diante das incertezas econômicas e da pressão por resultados rápidos, a administração federal parece estar em um ponto crítico. As próximas ações do governo Lula serão observadas de perto, não apenas por analistas financeiros, mas também pela população que espera ver resultados concretos que justifiquem as medidas de austeridade. A dúvida que persiste é se as novas diretrizes serão suficientes para conter a volatilidade do mercado e restaurar a confiança na economia brasileira.
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*Com informações Metrópoles