Após sair como a grande vencedora das eleições municipais, a centro-direita expande suas discussões para ganhar ainda mais espaço no Congresso e ampliar sua influência na política nacional. O PSD, de Gilberto Kassab, destacou-se como o partido com o maior número de prefeitos eleitos, conquistando 887 cidades, seguidas pelo MDB, com 856, e o PP, do senador Ciro Nogueira (PI), que elegeu 747 chefes municipais.
Os líderes da centro-direita observam que a eleição municipal demonstra uma base sólida para ampliar suas bandeiras no âmbito nacional. “O grande vencedor dessa eleição foi o centro. Acho que 80% dos prefeitos brasileiros tiveram essas vidas no centro. Mas um centro, eu não vou negar, bem mais à direita. Então, se juntarmos o centro com a direita, aí nós vamos ter 90% dos prefeitos brasileiros. É uma força que, se os líderes se unirem, a chance de vitória em 2026 é muito grande”, avalia Ciro Nogueira.
O presidente do PP também destacou a votação no Nordeste, em especial em Fortaleza (CE), onde a eleição entre Evandro Leitão (PT) e André Fernandes (PL) resultou na vitória do candidato petista com uma diferença de apenas 10.838 votos. Isso mostra o crescimento da direita na região, historicamente dominada pela esquerda.
“Eu acho que ali foi uma vitória. Você imagina que a direita elegeu a quantidade de prefeitos que elegeu no Nordeste, e disputa segundo turno pau a pau em Fortaleza”, indicou Ciro Nogueira.
O líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), enfatizou a força do centro com o resultado das eleições. Para ele, o fortalecimento do centro demonstra que a população brasileira está insatisfeita com a polarização. O PSD já possui uma bancada maior no Senado, com 15 senadores, além de 45 deputados federais. “Espero que ele continue assim, trabalhando, para crescer e ajudar o nosso país”, ressaltou.
Otto Alencar destacou o papel da moderação em meio à polarização. “Se procurar alguém para atenuar essa guerra entre a ponta esquerda e a ponta direita, podemos procurar que nós vamos resolver. Se o Brasil não encontrar uma solução pelo entendimento e pela moderação, certamente não será pela exaltação”, completou.
Questionado sobre as expectativas para 2026, quando serão disputados os cargos do deputado, senador e presidente da República, Otto Alencar apontou que ainda é cedo para prever qualquer cenário.
O deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), secretário nacional de comunicação do PT, reforçou a necessidade da esquerda tentar se aproximar do centro e apontar para que a sociedade tenha dado sinais de que está fugindo dos extremos políticos. “A gente perde a eleição e não sabe o porquê. A nossa sinalização deve ser para o centro. Quando não for possível, seria na candidatura do centro”, disse Tatto.
As bancadas da Câmara dos Deputados maiores são do PL e do PT, seguidas pelo centro com o maior número de representantes, como União Brasil, PP e PSD. No Senado, o PSD também liderou com 15 senadores, seguidos pelo PL e o PT.
À medida que os partidos se preparam para as eleições de 2026, a dinâmica política se torna mais acirrada, com a centro-direita buscando capitalizar sua vitória recente enquanto a esquerda reflete sobre suas falhas e o futuro da polarização política no Brasil.
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*Com informações Metrópoles
