Sexta, 08 de Novembro de 2024
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Ministra Luciana Santos defende “isolamento da extrema direita” e revela visão controversa sobre o futuro político do Brasil

Proposta de união da esquerda e críticas à direita expõem uma estratégia arriscada para 2026; declarações ignoram os desafios reais que o governo enfrentará

08/11/2024 às 10h39
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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A fala da ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, que defende a necessidade de “isolar a extrema direita” para evitar o retorno de figuras desse espectro político ao poder em 2026, não poderia ser mais preocupante. Em uma entrevista, Luciana, que é filiada ao PCdoB, não apenas expôs uma visão polarizada, mas também revelou uma desconexão com a realidade política e social do Brasil. Sua retórica, que sugere isolar a oposição e construir uma frente ampla com partidos de centro, pode ser vista como uma tentativa desesperada de manter o poder, à custa de um debate mais aberto e democrático.

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Ao comparar a situação do Brasil com os Estados Unidos, onde Donald Trump foi eleito, a ministra não percebe que o cenário nacional é bem diferente e que a polarização crescente não é algo que se resolve com exclusão. A sua insistência em "denunciar" a extrema direita como uma ameaça à democracia e ao autoritarismo soa mais como uma tentativa de criminalizar o debate político do que uma análise construtiva. Isolar um espectro político inteiro, em vez de se envolver em uma discussão franca e aberta, enfraquecer a democracia e empurrar ainda mais os cidadãos para lados opostos do espectro político.

Além disso, a ministra subestima o impacto das eleições legislativas de 2024, que evidenciaram um fortalecimento dos partidos de centro-direita e direita. Seu discurso ignora a realidade de que a esquerda precisa se atualizar e refletir sobre sua governabilidade e comunicação, temas que foram amplamente questionados nas últimas eleições. Dizer que a solução não é o liberalismo, como se a simples exclusão de uma ideologia fosse a chave para o crescimento e a prosperidade do país, é uma postura desconectada das demandas reais da população.

A ministra também fez questão de enfatizar as políticas públicas do governo Lula, destacando a queda do desemprego e o crescimento econômico. Porém, ao tratar essas conquistas como "processuais" e de impacto "não imediato", ela ignora a frustração crescente de grande parte da população, que ainda enfrenta desafios diários como a inflação, a precarização do serviço público e o aumento da desigualdade social. Não se pode simplesmente transferir a responsabilidade por uma recuperação lenta para uma suposta incapacidade do povo em compreender as ações do governo.

Ao invés de se concentrar em estratégias de isolamento e polarização, seria mais prudente para a ministra refletir sobre como unir a sociedade em torno de um projeto mais inclusivo e realista, que não dependa exclusivamente do enfraquecimento da oposição, mas do fortalecimento das bases democráticas e da confiança nas políticas públicas. O Brasil precisa de mais do que retórica de divisão; ele precisa de soluções reais para os problemas que afligem os brasileiros.

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*Com informações Metrópoles

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