Domingo, 07 de Setembro de 2025
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Lula e Pacheco se reúnem para decidir corte de gastos; PT resiste a ajustes fiscais

Reunião sobre a redução das despesas é marcada por resistências internas e falta de consenso dentro do próprio governo

13/11/2024 às 11h12
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se encontraram nesta quarta-feira (13) no Palácio do Planalto para discutir a proposta de corte de gastos públicos que o governo pretende implementar em breve. A redução das despesas será formalizada por meio de uma PEC e projetos de lei, mas o processo está longe de ser consensual. Enquanto o governo busca um ajuste fiscal para reduzir os custos, há resistência interna dentro do próprio Partido dos Trabalhadores (PT) e divergências com a equipe econômica.

A reunião conta também com a presença dos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), além dos senadores Otto Alencar e Davi Alcolumbre. Entretanto, a ausência do presidente da Câmara, Arthur Lira, levanta questionamentos sobre a real intenção do governo de unificar os esforços em torno dos ajustes. Apesar disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu comparecer à reunião, alinhado com a orientação de Lula, que tem pressionado por um corte fiscal abrangente.

O tema já gerou discussões acaloradas entre ministros como Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Carlos Lupi (Previdência), que demonstraram desconforto com os possíveis impactos nos serviços sociais. A expectativa inicial de que a proposta fosse divulgada até a última sexta-feira (8) não se concretizou, refletindo a dificuldade do governo em conciliar os ajustes fiscais com as promessas de campanha, enquanto o PT tenta resistir a cortes que afetem diretamente a base social de apoio.

O governo enfrenta críticas não apenas da oposição, mas também de sua própria base, que considera os ajustes fiscais uma ameaça ao fortalecimento das políticas sociais. A falta de clareza sobre quais áreas serão afetadas aumenta a incerteza e a tensão dentro do governo, que ainda luta para encontrar um equilíbrio entre a necessidade de austeridade e o compromisso com o legado de suas promessas eleitorais.

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*Com informações R7

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