Na terça-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou um extenso relatório da Polícia Federal (PF), com 878 páginas, que lança acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 36 investigados. O documento detalha um suposto plano para um golpe de Estado, com o objetivo de manter Bolsonaro no poder, mesmo após sua derrota nas eleições de 2022.
O relatório conclui que desde 2019, uma organização criminosa, liderada por Bolsonaro, começou a se articular para desestabilizar o Estado democrático de Direito, com o intuito de impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Os elementos apresentados evidenciam ações externas para a obtenção de vantagem, com a finalidade de manter o então presidente da República, Jair Bolsonaro, no poder, por meio da consumação de um golpe de Estado”, descreve a PF.
O nome de Bolsonaro é citado 658 vezes no relatório, que inclui capturas de tela e links de reportagens que sustentam as investigações da investigação. A PF afirma que o ex-presidente foi consciente das ações e teve participação ativa no planejamento do golpe, que envolveu ações conjuntas para contestar os resultados das eleições e impedir a posse de Lula.
O relatório ressalta, ainda, que os investigados, em uma ação orquestrada, dividiram tarefas para tentar fragilizar o processo democrático e garantir a permanência de Bolsonaro no poder, desrespeitando as regras constitucionais e agitando de forma a comprometer a soberania popular e a independência dos poderes. A acusação, se confirmada, expõe uma grave tentativa de subversão da democracia brasileira.
Clique aqui para ver o documento "Relatorio-Final-PF-Site-2024-1.pdf"
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