Sábado, 06 de Setembro de 2025
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Bolsonaro acusa PF de perseguição a religiosos e compara Brasil ao regime autoritário de Ortega

Ex-presidente critica inquérito que envolve padres e afirma que o país caminha para uma repressão semelhante à da Nicarágua

28/11/2024 às 10h41
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou de maneira incisiva sobre o inquérito da Polícia Federal que investiga uma suposta trama golpista e que envolve figuras religiosas. Em uma postagem no Instagram, Bolsonaro comparou o Brasil a um regime autoritário, afirmando que o país está se aproximando cada vez mais da Nicarágua, comandado pelo ditador Daniel Ortega, que justifica a perseguição a religiosos e opositores com acusações de golpes de Estado.

Bolsonaro fez referência direta ao fato de que três padres, incluindo Genésio Lamounier Ramos e Paulo Ricardo, foram citados no relatório final da PF, embora não tenham sido indiciados. O ex-presidente questionou as motivações por trás das menções aos religiosos, destacando o caráter “fantasioso” das acusações.

“O Brasil está cada vez mais próximo da Nicarágua de Ortega. A Polícia Federal, em seu relatório, apresentou orações, atendimentos espirituais e conversas aparentemente sem nenhum problema em evidências de um 'trama golpista'”, escreveu Bolsonaro, alfinetando a investigação e ressaltando que tal situação lembra a repressão religiosa vista em regimes autoritários.

O inquérito, que foi divulgado após a retirada de sigilo do ministro Alexandre de Moraes, menciona, entre outros, o encontro de Bolsonaro com o padre Genésio em dezembro de 2022 no Palácio da Alvorada, onde uma oração realizada por ele teria incitado um golpe possível com apoio das Forças Armadas. Já o padre Paulo Ricardo é citado num e-mail enviado por José Eduardo, também envolvido no caso, ao assessor de Bolsonaro, Filipe Martins, propondo uma conversa privada sobre questões relacionadas ao movimento pró-vida e ao combate ao aborto.

O relatório final do inquérito, com mais de 800 páginas, foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se os indiciados serão denunciados à Corte. Entre os indiciados, além de Bolsonaro, estão o ex-ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O caso segue em investigação, enquanto o ex-presidente critica o que considera uma perseguição política e religiosa.

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*Com informações Pleno News

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