Quarta, 05 de Fevereiro de 2025
Publicidade

Alta do dólar e pressão da indústria: o consumidor vai pagar a conta da inflação

Setor varejista se vê obrigado a repassar reajustes de até 10%, encarecendo ainda mais os produtos para o consumidor final

18/12/2024 às 10h13 Atualizada em 21/12/2024 às 17h40
Por: Tatiana Lemes
Compartilhe:
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A economia brasileira vive uma pressão insustentável, e quem vai arcar com os custos são os consumidores. A alta constante do dólar, que chegou a R$ 6,20, tem impulsionado o setor industrial a exigir reajustes significativos dos preços dos insumos, impactando diretamente o varejo. Este aumento de custos, que já vem sendo repassado aos preços, coloca os brasileiros em uma situação cada vez mais difícil, com inflação em ascensão e poder de compra em queda.

Continua após a publicidade
Anúncio

Fontes do setor varejista revelam a pressão intensa vinda da indústria, que exige ajustes de 8% a 10% nos preços dos produtos. A indústria, em especial os setores de higiene e limpeza, alimentos e eletrodomésticos, busca desesperadamente renegociar contratos, já que a alta do dólar encarece insumos importados, como componentes químicos derivados do petróleo, que são essenciais para a produção desses produtos. Com a cotação da moeda americana elevando ainda mais o custo da produção, o repasse para o consumidor final é inevitável.

“O varejo não vai suportar essa pressão. A tendência é de que, a partir de janeiro de 2025, os preços subam de forma significativa, impactando diretamente o bolso do consumidor”, afirmou um representante do setor sob anonimato. O cenário é especialmente desafiador devido à manutenção da moeda americana em patamares elevados, que, além de encarecer a importação de insumos, favorece as exportações, criando um ambiente desfavorável para a economia interna.

Enquanto os setores industriais e exportadores tentam proteger seus lucros, como no caso da agroindústria e da carne bovina, os brasileiros, que já enfrentam uma recuperação econômica lenta, são mais uma vez os grandes prejudicados. Com o impacto da inflação, o poder de compra do consumidor se vê cada vez mais reduzido. E o aumento das taxas de juros, acompanhado de uma Selic elevada, só agrava a situação.

O Banco Central tem tentado intervir com leilões de dólares para conter a escalada da moeda, mas os efeitos parecem não surtir tanto efeito diante de uma política econômica de contornos cada vez mais nebulosos. Para analistas, as medidas de contenção, como o pacote fiscal anunciado pelo governo, não são suficientes para combater a pressão inflacionária que vem sendo impulsionada principalmente pelos custos mais elevados da indústria.

Com o mercado cada vez mais em alerta, o grande perdedor da situação é o consumidor brasileiro, que terá que lidar com a pressão de uma inflação crescente e o aumento contínuo de preços. O cenário para 2025 não é nada promissor, e as expectativas são de que o ano comece com um impacto financeiro significativo para os lares brasileiros.

Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias. 

Continua após a publicidade

*Com informações CNN

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários