Domingo, 14 de Setembro de 2025

Fiesp destitui Josué Gomes que rejeitou Ministério ocupado por Alckmin

Durante as eleições, Josúe declarou que não teria preferência pela vitória de Lula

17/01/2023 às 09h35 Atualizada em 18/01/2023 às 07h59
Por:
Compartilhe:
Aliados discordam do resultado da votação que destituiu Josué
Aliados discordam do resultado da votação que destituiu Josué

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aprovou, nesta segunda-feira, 16, a destituição do presidente da entidade, Josué Gomes da Silva. A decisão foi sacramentada em uma assembleia extraordinária.

A votação ocorreu à noite por representantes de 47 sindicatos, enquanto dois se abstiveram e um votou contra. No início da reunião, havia 89 delegados de 80 sindicatos. Ao todo, a Fiesp tem 116 sindicatos, dos quais 86 assinaram o pedido pela realização da plenária.

O resultado da votação é questionado por aliados do empresário, que afirmam que a decisão não tem validade. Ao mesmo tempo, representantes dos sindicatos de oposição entendem que a plenária é válida. A oposição deve registrar as atas em cartório nesta terça-feira 17.

Se a destituição vier a ocorrer, o estatuo determina que o vice-presidente mais velho, Elias Miguel Haddad, deve assumir o cargo interinamente — pelo menos até que a direção da Fiesp se reúna.

Josué, assumiu a presidência da instituição em janeiro de 2022, substituindo Paulo Skaf, que ocupou o cargo por 17 anos. Elegeu-se com 97% dos votos.

Embora seja filho de José Alencar, vice-presidente do Brasil nos governos Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Fiesp garantiu, ainda no ano passado, que não teria preferência pela vitória do petista nas eleições presidenciais, e rejeitou o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), que atualmente é ocupado por Geraldo Alckmin.

“Viajava para Brasília como empresário”, explicou. “Papai cuidava de política e eu, dos negócios da família. Nossos negócios são privados.”

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários