Domingo, 23 de Fevereiro de 2025

Tensão na Delegacia da Mulher: Delegadas pedem saída após feminicídio e mudanças são discutidas

Reunião define novas medidas para evitar falhas no atendimento e proteger mulheres vítimas de violência

19/02/2025 às 08h59
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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A recente saída das 12 delegadas da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) gerou um tumulto no setor de segurança pública de Mato Grosso do Sul. A decisão foi tomada após a polêmica envolvendo o atendimento e o posterior feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, o que levou autoridades a repensarem estratégias e protocolos.

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O secretário de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, revelou que as delegadas entregaram suas funções durante uma reunião com deputados estaduais, na manhã desta terça-feira (18). O encontro teve como objetivo discutir soluções para evitar novas tragédias, como o caso de Vanessa, e melhorar a resposta da segurança pública.

Entre as propostas discutidas, destaca-se a ideia de delegar as intimações de medidas protetivas a policiais, devido à sobrecarga de trabalho dos oficiais. Também foi decidido que as escoltas se tornariam obrigatórias após o registro de ocorrência, e a criação de um batalhão da Lei Maria da Penha para complementar o atendimento da Delegacia da Mulher.

Gerson Claro, presidente da Assembleia Legislativa, enfatizou que a reunião foi um passo importante, mas reconheceu que as mudanças culturais e de comportamento na sociedade são fundamentais para um verdadeiro avanço na proteção às mulheres. Já o deputado Coronel David, que já comandou a Polícia Militar, destacou que, apesar dos avanços, é essencial evitar que tragédias semelhantes voltem a ocorrer. “O caso da Vanessa pode ser um símbolo de mudança”, afirmou.

Por outro lado, os deputados Paulo Duarte e Pedro Kemp reforçaram que, além das mudanças de protocolos, é necessário um trabalho mais amplo, incluindo a criação de uma Vara da Mulher e o aumento do número de delegadas e policiais femininas. Para Kemp, é fundamental reforçar a resistência à educação sobre o empoderamento feminino e os preconceitos enraizados na sociedade.

Com as novas propostas, espera-se que a segurança pública se fortaleça e, principalmente, que a violência contra a mulher seja combatida com mais eficácia, evitando que casos como o de Vanessa Ricarte se repitam.

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