A inflação continua a esmagar os brasileiros. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou um aumento de 1,23% em fevereiro, após um tímido 0,11% em janeiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número ficou abaixo da expectativa de mercado, que previu uma alta de 1,34%, mas mesmo assim representa a maior elevação para o mês desde 2016, quando o indicador subiu 1,42%.
O impacto no bolso do brasileiro tem sido devastador. O grupo de habitação foi o grande vilão do mês, com uma alta impressionante de 4,34%, impulsionada pela energia elétrica residencial, que disparou 16,33%. Esse aumento reflete a recuperação dos preços após a queda registrada no início do ano, quando o bônus de Itaipu ajudou a aliviar os custos com energia. Mas, como era de se esperar, essa trégua foi temporária e agora as famílias enfrentam novamente os preços elevados.
Outro setor que tem deixado os brasileiros em dificuldades é o de educação, que viu uma alta de 5,69% nos preços, com o início do ano letivo e o reajuste das mensalidades escolares. Os ensinos fundamental, médio e superior apresentaram aumentos significativos, com destaque para o ensino fundamental, que teve alta de 7,50%, e o ensino médio, com 7,26%. Para as famílias, esses aumentos tornam ainda mais difícil o planejamento financeiro, uma vez que a educação representa um dos maiores custos fixos.
No setor de alimentação e bebidas, a alta foi mais amena, 0,61%, mas ainda assim, a situação é alarmante para muitos brasileiros. A disparada no preço de produtos como cenoura (17,62%) e café moído (11,63%) afeta diretamente a alimentação cotidiana das famílias, enquanto o arroz (-1,49%) e as frutas (-1,18%) apresentaram quedas, mas sem representar uma reversão significativa no aumento geral.
Com o aumento constante de preços em itens essenciais, como energia elétrica, educação e alimentação, a vida do brasileiro fica cada vez mais difícil. O governo, que havia prometido controlar a inflação, parece distante de oferecer soluções eficazes, enquanto as famílias, cada vez mais apertadas financeiramente, lutam para conseguir manter o orçamento equilibrado. O aumento da inflação nos últimos meses sinaliza que o sufoco está longe de acabar.
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*Com informações CNN
