O senador Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a criticar a venda da mineradora Pitinga, no Amazonas, a uma estatal chinesa. Em pronunciamento no Plenário do Senado nesta quarta-feira (12), ele destacou que ingressou com um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) para suspender a transação, que considera "um erro tremendo", com impactos na soberania nacional.
Segundo o senador, a mina de Pitinga possui reservas de estanho e cassiterita, mas também rejeitos que contêm minerais estratégicos. Ele alertou que os chineses dispõem da tecnologia necessária para explorar esses rejeitos, o que poderia comprometer o controle brasileiro sobre esses recursos.
— Nós estamos dando de mão beijada para os chineses montanhas de rejeitos que contêm urânio e contêm lítio. Toda a tabela periódica de terras raras está lá, no Amazonas, na mina de Pitinga —afirmou.
Plínio Valério também criticou a falta de anuência do Congresso Nacional na venda da mineradora. Ele argumenta que negociações desse porte devem passar pelo aval dos parlamentares, conforme determina a legislação.
— Estou aqui, também, pelo Brasil. Isso é um acinte à soberania nacional e um acinte à nossa população — protestou.
O parlamentar informou que a Justiça Federal no Amazonas determinou que as autoridades responsáveis prestem informações sobre a venda em um prazo de dez dias antes da análise do pedido de liminar. Ele também cobrou uma atuação firme do Ministério Público Federal na defesa dos interesses nacionais.