Sexta, 05 de Setembro de 2025
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“Governo Lula não fez o dever de casa”, dispara Simone Tebet sobre ajuste fiscal falho

Ministra do Planejamento critica falhas no pacote de redução de gastos e defende mandato único

26/03/2025 às 10h51
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, não poupou críticas ao governo federal durante um jantar com empresários na segunda-feira (24.mar.2025), onde afirmou ter "cansado de falar" sobre a necessidade de um ajuste fiscal eficaz. A ministra, que demonstrou insatisfação com a falta de ação concreta do governo em relação ao equilíbrio fiscal, destacou que o governo Lula "não fez o dever de casa", especialmente no que diz respeito às medidas fiscais necessárias para reverter a crise.

Apesar de declarar apoio à reeleição de Lula por respeito e fidelidade, Tebet foi contundente ao afirmar que, em sua visão, o Brasil deveria adotar um sistema de mandato único de 5 anos, sugerindo que a reeleição prejudica a governabilidade e a eficácia das políticas públicas. A ministra questionou também o pacote de corte de gastos enviado ao Congresso em novembro de 2024, que, segundo ela, não foi suficiente para evitar a frustração do mercado financeiro e a alta do dólar no final do ano passado.

Em sua análise, Tebet considerou que o governo falhou em realizar um ajuste fiscal robusto e completo, o que ficou claro quando a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) enviada ao Congresso foi aprovada com alterações, incluindo a rejeição de restrições ao BPC (Benefício de Prestação Continuada). Além disso, a revisão das estimativas de economia, que foi reduzida de R$ 71,9 bilhões para R$ 69,8 bilhões, evidenciou a falta de impacto das medidas.

Embora o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha afirmado que o pacote de redução de gastos representava apenas a primeira fase do ajuste fiscal, o cenário atual reflete uma estratégia fiscal hesitante e uma gestão econômica que não conseguiu entregar o esperado. Tebet, ao expor sua insatisfação, também desafiou a continuidade do modelo de reeleição, sugerindo que o país precisaria de uma abordagem mais estruturada e de longo prazo para resolver suas crises fiscais e econômicas.

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*Com informações Poder 360

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