O ex-governador de Mato Grosso do Sul e presidente do PSDB no estado, Reinaldo Azambuja, utilizou as redes sociais nesta terça-feira (15) para desejar uma rápida recuperação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, internado após complicações de saúde. A mensagem, no entanto, revela mais do que solidariedade; evidencia o jogo político em torno de alianças futuras.
Azambuja, que já estreitou laços com Bolsonaro em momentos decisivos, como nas eleições municipais de 2022, evita comprometer-se com o PL, partido do ex-presidente. Apesar das especulações sobre sua possível filiação, ele resiste, citando a necessidade de aguardar o futuro do PSDB, que pode passar por fusões ou federações com outras siglas.
Entre apoios e divergências
A proximidade com Bolsonaro, selada em articulações para a campanha de Beto Pereira em Campo Grande, contrasta com a resistência enfrentada dentro do PL de Mato Grosso do Sul. Lideranças locais, como o deputado João Henrique Catan, são contrárias à entrada de Azambuja, defendendo candidaturas próprias para fortalecer a sigla no estado.
Essa tensão reflete o temor de Azambuja em perder a autonomia que desfruta no PSDB. Enquanto controla as decisões do partido no estado, sua influência seria limitada em um PL dominado por Bolsonaro e marcado por disputas internas.
Cenário em construção
Enquanto Azambuja adia sua decisão, Bolsonaro já projeta alternativas. Um dos nomes ventilados é o de Gianni Nogueira, vice-prefeita de Dourados, como pré-candidata ao Senado. Essa movimentação pressiona o ex-governador a definir sua posição diante de um PL dividido e estratégico para as eleições de 2026.
Com o tabuleiro político em Mato Grosso do Sul ainda em movimento, o equilíbrio entre apoio público e liberdade partidária pode ser o fator decisivo para o futuro de Azambuja no cenário nacional.
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