Na noite de domingo (27), a UPA de Ceilândia foi cenário de uma violência inesperada após o anúncio de uma restrição temporária no atendimento pediátrico, medida tomada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). A decisão, segundo o instituto, visava à "preservação da vida de crianças internadas em estado grave", mas gerou uma reação descontrolada de parte dos pacientes, resultando em danos ao patrimônio público e colocando em risco a segurança de todos presentes na unidade.
A confusão começou por volta das 19h50, quando os pacientes foram informados da medida, e rapidamente escalou para uma depredação das instalações da UPA. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF foi acionada, e pelo menos uma pessoa foi detida por dano ao patrimônio público.
Em nota oficial, o Iges-DF lamentou os acontecimentos e explicou que o plantão da unidade estava sobrecarregado, contando apenas com quatro clínicos e um pediatra. O instituto anunciou que já iniciou a contratação emergencial de novos profissionais para recompor a equipe e garantir a continuidade do atendimento pediátrico. Durante esse período, os pacientes foram orientados a procurar a UPA Ceilândia II.
Esse episódio em Ceilândia não foi isolado. Na última semana, uma briga envolvendo duas mulheres foi registrada na UPA de Samambaia, também causada pela demora no atendimento. O vigilante da unidade precisou intervir, e a PMDF foi chamada para acalmar os ânimos.
Esses incidentes expõem a crescente tensão nas unidades de saúde do Distrito Federal, onde a escassez de recursos e a alta demanda por atendimento têm gerado situações de conflito e descontrole. A população, já sobrecarregada pelo sistema de saúde, vive momentos de frustração diante da ineficiência na prestação de serviços essenciais.
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*Com informações Metrópoles