A Polícia Civil identificou 163 vítimas de um homem de 36 anos, preso em janeiro sob acusação de cometer estupros virtuais e presenciais. O suspeito, que operava por meio de perfis falsos nas redes sociais, construiu um esquema criminoso que atingiu crianças e adolescentes entre 8 e 13 anos em pelo menos sete estados brasileiros, incluindo Mato Grosso do Sul.
O homem, residente em Taquara (RS), atuava há mais de 16 anos, aproximando-se das vítimas ao se passar por uma menina nas redes sociais. Ele ganhava a confiança das crianças e as convencia a enviar vídeos íntimos. Depois, utilizava as imagens para coagi-las, segundo informações do delegado Valeriano Garcia Neto.
Armazenamento e gravidade dos crimes
Durante a investigação, foram encontrados mais de 750 pastas digitais contendo vídeos das vítimas. Além dos crimes virtuais, a polícia confirmou casos de estupros presenciais. As autoridades acreditam que o número total de vítimas pode ultrapassar 700.
Os estados atingidos pelo esquema incluem Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Acre, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Ação policial e alerta à população
O caso destaca a importância de denunciar violência contra crianças e adolescentes. A Polícia Civil reforça que denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, nas delegacias ou Conselhos Tutelares. Em situações de flagrante, a Polícia Militar pode ser acionada pelo 190.
O advogado do suspeito afirmou que a defesa reconhece a gravidade do caso, mas enfrenta dificuldades para acessar os autos completos. O homem permanece preso e não se manifestou desde sua detenção.
O caso expõe a necessidade de vigilância redobrada nas redes sociais e o fortalecimento de ações preventivas para proteger crianças e adolescentes de crimes cibernéticos.
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*Com informações UOL