A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enfrenta um de seus momentos mais turbulentos. Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência nesta quinta-feira (15) por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que identificou possível falsificação da assinatura do Coronel Nunes, ex-vice-presidente da entidade.
A decisão, assinada pelo desembargador Gabriel De Oliveira Zefiro, anulou o acordo que havia legitimado a eleição de Ednaldo Rodrigues em fevereiro. Além de afastar a diretoria atual, o tribunal nomeou Fernando Sarney como interventor, determinando que ele convoque novas eleições “o mais rápido possível”.
Manifesto por mudanças
Enquanto isso, 19 das 27 federações estaduais assinaram um manifesto pedindo renovação na gestão da CBF. Sem mencionar diretamente Ednaldo Rodrigues, o texto defende uma nova eleição e propõe mudanças profundas.
“O cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças, bem como a profissionalização definitiva das estruturas de gestão. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência”, diz o documento.
Oito federações, incluindo São Paulo, Minas Gerais e Bahia, não aderiram ao manifesto, destacando divergências entre as lideranças regionais.
Justiça, denúncias e crise
A crise na CBF ganhou força após denúncias feitas ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e por Fernando Sarney. Apesar de Gilmar Mendes ter recusado os pedidos de afastamento inicialmente, o caso voltou à Justiça do Rio, culminando na decisão de destituir Ednaldo Rodrigues.
Agora, com a diretoria afastada e um interventor no comando, a entidade encara o desafio de restabelecer credibilidade, enquanto o futebol brasileiro observa de perto os desdobramentos dessa crise sem precedentes.
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*Com informações CNN