Domingo, 31 de Agosto de 2025
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Investigadora da Polícia Civil é condenada por envolvimento em execuções nas Moreninhas

Sentença de quase três anos em regime fechado evidencia escândalo dentro da corporação

20/05/2025 às 11h09
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Uma investigadora da Polícia Civil foi condenada a 2 anos, 11 meses e 29 dias de prisão em regime fechado, após investigações apontarem sua colaboração com um grupo criminoso responsável por execuções no bairro Moreninhas, em Campo Grande. A sentença foi proferida pelo juiz Márcio Alexandre Wust e marcou o desdobramento da Operação Juramento Quebrado, deflagrada em março de 2024.

Além do envolvimento em três homicídios, a investigadora também foi responsabilizada por vazamento de informações sigilosas. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, ela utilizou o sistema policial SIGO para acessar dados privados e repassá-los ao então parceiro em um processo de disputa pela guarda de filhos, gerando prejuízo à Administração Pública.

Violação de confiança e abuso de poder
As investigações revelaram que a investigadora, lotada na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), agiu de forma deliberada ao facilitar o uso de informações sigilosas por terceiros. Os dados foram utilizados pelo ex-marido de uma mulher em disputa judicial para obter vantagem na guarda dos filhos, prejudicando diretamente a ex-companheira.

A polícia também constatou que a agente fazia parte de um esquema que envolvia outros policiais. Embora o papel exato dos envolvidos nas execuções ainda esteja sob sigilo, as autoridades confirmaram o vínculo com ao menos três homicídios na região das Moreninhas.

Repercussões e sanções
Após a descoberta, os agentes envolvidos tiveram armas e documentos funcionais recolhidos, acessos aos sistemas SIGO e INFOSEG suspensos, além da interrupção de promoções e benefícios. O corregedor Clever José Fante Esteves determinou, em publicação no Diário Oficial, o afastamento imediato dos acusados, reforçando a necessidade de transparência e rigor na apuração de casos que envolvem agentes de segurança.

O episódio levanta sérios questionamentos sobre a conduta de policiais e a segurança de sistemas institucionais, que deveriam servir para proteger a sociedade, não para favorecimentos ilícitos.

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*Com informações Midiamax

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