Enquanto o Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, tem 280 menores de idade em processo de transição de gênero, outro grupo de jovens trans se mostram arrependidos pela transição de gênero. Pedem ajuda na internet para voltarem a ter a aparência referente ao sexo em que nasceram.
Dentre os 280 menores que estão em transição, 100 são crianças de 4 a 12 anos, quando ainda não tem capacidade de decisão própria, pois ainda está em fase de formação emocional e sociail, totalmente indefesa; enquanto 180 são adolescentes de 13 a 17, que é uma fase de muitas dúvidas, inseguranças e rebeldia, podem tomar decisões com danos irreversíveis. Destes, há 100 adultos, a partir dos 18, na mesma situação.
Os jovens arrependidos começaram a mudança aos 17 anos e agora não têm dinheiro suficiente para reverter o processo chamado “detransição”.
Depois de removerem os seios e realizarem tratamentos com testosterona, muitas mulheres conseguiram ombros mais largos, quadris retos, barba e pelos no corpo. Hoje, contudo, não se sentem mais felizes com a própria imagem.
A estudante Prisha Mosley, de 24 anos, mora na cidade Big Rapids, no Michigan. Em entrevista ao site britânico Daily Mail, relatou estar passando por depressão, desde que decidiu passar pela transição de gênero.
“Os médicos só querem ajudar quando você está mudando de gênero, não voltando”, observou. “Eles não têm ideia do que fazem conosco. Não há padrão de atendimento. Não há um livrinho de regras ao qual possam recorrer.”
Prisha está pedindo dinheiro na internet para reconstruir os seios, que lamenta ter removido há seis anos. A jovem já conseguiu pouco mais de US$ 7 mil, de 100 doadores. Mas a quantia não chega na metade do necessário para fazer o procedimento. Prisha também diz que as depilações a laser são muito caras e não consegue pagar.
Sites de financiamento coletivo, como o GoFundMe e GiveSendDo, registraram aumento no número de jovens trans arrependidos, conforme o Daily Mail.
Angelina Mannino, de Red Hook, em Nova Iorque, é outro exemplo. Ela pede ajuda de US$ 1,5 mil na internet para fazer remoção a laser de uma barba que continua a crescer, apesar dela ter parado de injetar testosterona, há cinco meses.
“É traumatizante toda vez que me olho no espelho”, escreveu no Twitter.
Agumas etapas envolvem bloqueio da puberdade, a hormonização cruzada e, em alguns casos, até Cirurgia de Redesignação Sexual (CRS), que é o procedimento cirúrgico pelo qual as características sexuais/genitais de nascença de um indivíduo são mudadas.
A infância e adolescência está sendo roubada por decisões que muitas vezes são irreversíveis, emocionalmente e até mesmo fisicamente. É uma violência ao ser humano, que deveria ter o amparo e defesa do Judiciário para não permitir essas atrocidades, e sem dúvidas, dos Direitos Humanos.