Domingo, 31 de Agosto de 2025
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Discussão por jantar termina em tragédia: Mulher é assassinada pelo marido em MS

Olizandra Vera Cano se torna a 11ª vítima de feminicídio no Estado em 2025

23/05/2025 às 09h01
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A violência contra a mulher fez mais uma vítima em Mato Grosso do Sul. Na madrugada desta sexta-feira (23), Olizandra Vera Cano, de 26 anos, foi morta com golpes de faca no pescoço pelo próprio marido, Celso Irineu, de 32 anos, após uma discussão banal sobre o preparo do jantar. O crime aconteceu em Coronel Sapucaia, a 395 km de Campo Grande.

A tragédia expôs mais uma vez a face cruel do feminicídio. A vítima foi encontrada caída no quintal da residência, sem sinais vitais, enquanto Celso foi preso em flagrante no local. Embriagado, ele tentou justificar a situação com versões desconexas, alegando que Olizandra teria iniciado a discussão e pegado uma faca. No entanto, a perícia revelou evidências contundentes: a faca usada no crime, encontrada ao lado da vítima, e as manchas de sangue na roupa e no braço do autor.

Testemunhas relataram que o casal havia passado o dia em um bar da comunidade, consumindo bebidas alcoólicas. A polícia preservou o local do crime para investigação, enquanto familiares e amigos da vítima enfrentam o luto e a indignação.

Este é o 11º caso de feminicídio registrado no estado em 2025. Antes de Olizandra, Simone da Silva foi assassinada a tiros em Itaquiraí, na frente dos próprios filhos.

Um problema crescente e medidas urgentes

A violência doméstica segue sendo uma realidade alarmante em Mato Grosso do Sul. A Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande, permanece como um dos principais centros de apoio, oferecendo serviços integrados para vítimas de violência, como atendimento psicológico, jurídico e abrigo emergencial. O serviço funciona 24 horas, e as emergências podem ser reportadas pelo número 153.

Mais do que números, os casos recentes são um grito por políticas públicas efetivas, educação para prevenir violência e uma rede de proteção robusta. O Estado não pode aceitar que mais mulheres sejam vítimas dessa brutalidade.

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*Com informações Midiamax

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