Os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deram um ultimato de 10 dias ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para que revogue as recentes medidas que aumentaram o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Caso nada seja feito até o início da semana de 9 de junho, o Congresso pretende colocar em votação um projeto de decreto legislativo que anula a decisão da equipe econômica.
A decisão foi tomada durante reunião realizada na noite da quarta-feira (28), na residência oficial do presidente da Câmara. Participaram ainda da conversa a ministra das Relações Institucionais do Palácio do Planalto, Gleisi Hoffmann (PT), o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e os líderes do Governo no Congresso e nas duas Casas legislativas.
Hugo Motta afirmou em entrevista ao Poder360 que o prazo é uma forma de dar “uma chance para que a equipe econômica estude alternativas”, mas deixou claro que “não querem atrapalhar, mas precisam de uma solução”. Segundo ele, as alternativas discutidas, como taxação sobre empresas de apostas e fintechs, ainda não agradam ao ministro Haddad, que não as considera suficientes.
Para Motta, o país exige “algo estruturante e não gambiarras a toda hora para aumentar a arrecadação”. Ele citou a necessidade de rever isenções fiscais, discutir a vinculação de receitas e aprovar a reforma administrativa como caminhos para melhorar a eficiência do Estado e do serviço público. “Isso é o que o país quer”, completou.
No X, Hugo Motta confirmou o tom firme da reunião e reforçou a cobrança ao governo para que apresente soluções concretas e duradouras para o ajuste fiscal.
A pressão do Legislativo evidencia o desgaste da equipe econômica diante do impopular aumento do IOF, e coloca o governo Lula em alerta para evitar um novo confronto político.
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*Com informações Poder 360
