Terça, 24 de Junho de 2025

Sucessão de Lula e aliança com PSDB: PT enfrenta dilemas em reunião estratégica

Partido debate futuro político enquanto define direções internas e alianças estaduais

24/06/2025 às 09h48
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Henrique Arakaki
Foto: Henrique Arakaki

Em uma reunião que trouxe à tona discussões sobre o futuro do Partido dos Trabalhadores (PT) e de seu papel no cenário político, lideranças petistas se reuniram na noite de segunda-feira (23), em Campo Grande. O evento, realizado na sede do Sindicato dos Bancários, abordou desde as eleições internas até os desdobramentos da última disputa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, prevista para 2026.

A sucessão de Lula foi um dos temas centrais. “Essa será a última vez que Lula estará na urna, ganhando ou perdendo”, afirmou o deputado federal Vander Loubet, que disputa a presidência estadual do PT. Segundo ele, o desafio é construir um projeto que mantenha o protagonismo do partido após a saída de cena de seu maior líder.

Por outro lado, Humberto Amaducci, também candidato ao diretório estadual, reforçou a necessidade de romper com a aliança com o PSDB em Mato Grosso do Sul. “O PT precisa recuperar sua essência militante e romper com acordos que enfraquecem sua identidade”, declarou.

Nacional e estadual: tensões e estratégias

Representando o diretório nacional, Valter Pomar enfatizou a importância de um enfrentamento mais direto contra a oposição e criticou a condução econômica do Banco Central. Ele defendeu maior mobilização popular como estratégia central para o partido. Já Anne Karolyne Moura, da Secretaria Nacional de Mulheres, trouxe uma perspectiva de renovação, destacando a necessidade de incluir jovens, mulheres e diversidade nas estruturas partidárias.

A nível local, as disputas refletem as divisões internas do PT. Em Campo Grande, a escolha municipal se divide entre Elaine Becker, defensora de Valter Pomar, e Pedro Kemp, alinhado a Rui Falcão. No estado, Vander Loubet e Humberto Amaducci representam visões contrastantes sobre alianças e o papel do partido.

Com a democracia interna do PT em foco, as eleições internas deste ano prometem não apenas reorganizar lideranças, mas também definir o tom das estratégias que guiarão o partido em um cenário político marcado por desafios e transições.

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*Com informações Midiamax

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