Domingo, 14 de Setembro de 2025

Dallagnol aciona 3 promotorias contra ministra do Turismo de Lula

Daniela é suspeita por "lavagem de dinheiro" durante campanha eleitoral

04/02/2023 às 11h14 Atualizada em 05/02/2023 às 05h24
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Dallagnol: "Pediremos o afastamento judicial se for confirmado"

O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) acionou as Promotorias Criminal, Eleitoral e de Patrimônio Público do Rio de Janeiro (RJ) contra a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, aliada do presidente Lula, na sexta-feira, 3. Daniela é suspeita de desviar dinheiro da campanha eleitoral.

“Pedimos informações e providências às Promotorias e a instauração dos respectivos inquéritos, caso isso ainda não tenha acontecido”, escreveu o parlamentar, em seu perfil no Twitter. “Pedimos ainda a avaliação de rastreamento financeiro judicial dos valores e a obtenção de dados de manifestações atípicas da ministra junto ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).”

Há três semanas, o portal Metrópoles publicou uma reportagem informando que, durante a campanha eleitoral da ministra, eleita deputada federal pelo RJ, gastou mais de R$ 1 milhão com duas gráficas. Pelo menos uma das empresas não existia nos endereços cadastrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

As duas empresas pertencem ao empresário Felipe Pegado, um ex-servidor público da cidade Belford Roxo, onde o marido de Daniela, Waguinho, é prefeito. Em nota, a ministra afirmou que “todos os serviços contratados foram executados” na zona norte e no centro do Rio, e que suas contas foram aprovadas pelo TSE.

Daniela gastou pouco mais de R$ 560 mil na Rubra Editora e Gráfica LTDA, que, segundo as informações concedidas por ela à Justiça Eleitoral, está localizada na Praia de Botafogo, no Edifício Mourisco. Foram identificados 224 depósitos nas contas da empresa, com valores entre R$ 14 mil e R$ 140 mil.

O portal G1 foi até o local informado pela ministra e recebeu a informação de que o atendimento era somente “virtual” e que, portanto, não existia endereço físico da gráfica.

Daniela ainda pagou pouco mais de R$ 530 mil para a empresa Printing Midia LTDA, localizada na Rua Rio das Flores, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. 

“Os fatos são graves e, se comprovados, podem configurar os crimes de apropriação indébita eleitoral, falsificação de prestação de contas eleitoral e lavagem de dinheiro, e também improbidade administrativa”, explicou Dallagnol. “Pediremos o afastamento judicial da ministra se forem confirmados.”

Desde que foi nomeada ministra de Lula, Daniela foi alvo de diversas reportagens que mostraram que pelo menos três homens, suspeitos de envolvimento com milícias, trabalharam na campanha eleitoral da então candidata.

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