Mato Grosso do Sul chega ao segundo semestre de 2025 com um dado devastador: 20 mulheres foram assassinadas por feminicídio entre janeiro e julho — o que representa uma média de uma morte a cada 9 dias. O número escancara o cenário de violência de gênero que persiste no Estado.
A vítima mais recente foi Cinira de Brito, de 44 anos, morta com cinco facadas em Ribas do Rio Pardo. O autor, seu ex-companheiro Anderson Alfredo Olanda, cometeu o crime após armar uma emboscada. Ele está internado sob escolta policial.
A sequência de casos envolve diferentes idades, contextos e cidades, mas têm em comum o fator determinante: o machismo que mata. A primeira morte do ano foi registrada em Caarapó, onde Karina Corim foi baleada pelo ex-companheiro no local de trabalho.
Um dos crimes mais brutais foi o de Vanessa Eugênia e da filha Sophie, de apenas 10 meses, mortas e queimadas dentro de casa, em Campo Grande. O autor era o pai da criança.
Veja quem são as 20 mulheres assassinadas por feminicídio em MS em 2025:
Karina Corim – assassinada a tiros pelo ex-companheiro, em Caarapó
Isabel Rodrigues – morta em Dourados
Rosilene Gonçalves da Silva – morta a facadas, em Ponta Porã
Rosemere M. dos Santos – morta em Batayporã
Suelen Benites Ribeiro – morta em Campo Grande
Adriana da Silva – assassinada a golpes de barra de ferro, em Amambai
Vanessa Eugênia e Sophie (filha, 10 meses) – duplo feminicídio em Campo Grande
Mulher não identificada – morta em Iguatemi
Nirlaine da Silva – assassinada em Rio Verde
Juliana Ramos – morta com golpes de faca, em Paranaíba
Eloísa Lima – assassinada em Três Lagoas
Francine Pereira – morta em Anastácio
Raquel Moreira – assassinada em Fátima do Sul
Camila Nogueira – morta em Sidrolândia
Joana Paes – assassinada em Corumbá
Vanessa Ricarte – jornalista morta em Campo Grande
Maria das Dores – assassinada em Naviraí
Tatiane Souza – morta em Nova Alvorada do Sul
Marina Duarte – assassinada em Douradina
Cinira de Brito – morta a facadas pelo ex, em Ribas do Rio Pardo
As vítimas vão desde um bebê até mulheres adultas, algumas com histórico de denúncia e medida protetiva. A multiplicidade de casos e perfis reforça que o feminicídio pode atingir qualquer mulher — em casa, no trabalho ou na rua.
Apesar da gravidade, especialistas alertam para a subnotificação e para a necessidade de políticas públicas mais eficientes e integradas.
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*Com informações Midiamax