O senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi surpreendido por uma operação da Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (4), assim que desembarcou no Aeroporto Internacional de Brasília após passar dez dias nos Estados Unidos. A ação, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impõe uma série de medidas cautelares rigorosas contra o parlamentar.
Mesmo com ordem judicial para entregar seu passaporte, Do Val viajou ao exterior com o documento diplomático. A atitude resultou na intensificação das sanções. Agora, ele será monitorado por tornozeleira eletrônica, terá que cumprir recolhimento domiciliar noturno — das 19h às 6h nos dias úteis, e em tempo integral nos finais de semana e feriados — além de devolver o passaporte.
A determinação de Moraes vai além: o senador está proibido de usar redes sociais — direta ou indiretamente — e teve todas elas bloqueadas. Além disso, também foram congeladas suas contas bancárias, bens ativos, chaves Pix, cartões de débito e crédito, veículos, embarcações, aeronaves, salário e verbas de gabinete.
A Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) do Distrito Federal também acompanha o cumprimento das medidas.
A decisão de Moraes deixa claro que qualquer descumprimento resultará na revogação das medidas cautelares e consequente prisão de Do Val. O parlamentar é investigado em inquérito que apura crimes como ameaça, obstrução de Justiça, corrupção de menores e crimes contra a honra.
A justificativa para a viagem aos EUA, segundo o senador, foi comunicada “aos órgãos competentes”, mas ele não revelou o motivo da ida ao exterior. Agora, de volta ao Brasil, Do Val enfrenta o cerco da Justiça, com restrições que vão além do campo político e atingem diretamente sua liberdade e patrimônio.
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*Com informações CNN
