A Polícia Federal identificou, por meio de uma perícia realizada no celular do delegado Fernando Sousa Oliveira, que o ex–secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, havia determinado que fosse barrada a entrada de manifestantes na sede do Supremo Tribunal Federal no dia 8 de janeiro.
De acordo com a perícia da PF, Torres enviou uma imagem de câmera de segurança que mostrava manifestantes improvisando barracas de coberturas com material metálico no gramado central da Esplanada, às 15h33.
Segundo a PF, “importante salientar que, a partir do momento em que no grupo Difusão é divulgada a informação de que manifestantes chegavam à Esplanada dos Ministérios e começavam a mexer em peças metálicas que estavam disponíveis no gramado central, houve uma ênfase por parte de Anderson Torres para que Fernando não deixasse chegar ao STF“.
Anderson Torres estava à frente da segurança pública do DF no momento em que ocorreu o ataque que destruiu as sedes dos 3 Poderes. Após a destruição promovida pelos manifestantes, o governador afastado Ibaneis Rocha (MDB) exonerou o ex–ministro no mesmo dia. No entanto, a Polícia Federal não conseguiu localizar o celular de Anderson para realizar a perícia.
No mês passado, Anderson Torres foi preso sob suspeita de omissão em relação aos atos antidemocráticos na capital federal. No dia do ato, o ex–ministro se encontrava de férias nos Estados Unidos.
