As autoridades do Reino Unido prenderam um religioso, que estava orando próximo a uma clínica de aborto.
O jovem padre católico Sean Gough estava perto de um centro que faz abortos e tinha uma placa nas mãos que dizia "orando pela liberdade de expressão", quando foi abordado por policiais, que mentiram para ele.
Primeiramente, os agentes chegaram e disseram a Gough que ele não estava infringindo a lei por orar silenciosamente acerca da liberdade de expressão. Mas, quando o religioso foi conduzido à delegacia, soube que seria preso.
"Eu rezo onde quer que eu vá, dentro da minha cabeça, pelas pessoas ao meu redor. Como pode ser um crime para um padre rezar? Costumo rezar em minha cabeça perto do centro de aborto, mas quando confrontado pelas autoridades, eu estava rezando pela liberdade de expressão, que está sob forte pressão em nosso país hoje" - explicou o padre.
"Em todos os momentos, acreditei que minhas ações eram legais" - a liberdade de expressão, especialmente quando pacífica, é protegida pela lei nacional e internacional" - acrescentou.
O Reino Unido dispõe de uma lei chamada "crime de pensamento" e, de acordo com a regra, quem for flagrado próximo a locais como clínicas de aborto e não explicar o motivo para estar ali, poderá ser preso por orar silenciosamente.
Pode parecer absurdo, mas o crime de pensamento está mais ativo do que nunca entre os britânicos. Em dezembro passado, a líder evangélica, Izabel Vaughan Spruce também foi presa por estar de pé, em frente a uma clínica de aborto orando. Segundo a polícia, ela foi presa por violar ordem de proteção a um espaço público, as chamadas "zonas de censura"
As acusações sobre o padre Gough foram retiradas semanas depois porque as autoridades admitiram que não tinham como confirmar que ele orava contra a realização de abortos.
Porém, avisaram que, se novas evidências contra ele surgirem, ele voltará para a cadeia.