Um encontro que reuniu o ex-presidente Michel Temer (MDB), o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e o relator do projeto de lei da anistia, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), movimentou o cenário político nesta sexta-feira (19). A reunião, realizada na residência de Temer em São Paulo, contou com a participação remota do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e consultas a ministros do STF, incluindo Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
Segundo Aécio, o objetivo foi construir um consenso sobre o chamado “PL da Dosimetria”, que prevê redução das penas dos condenados por atos ligados ao golpe de 8 de janeiro de 2023, sem incluir absolvição. A discussão também abordou a possibilidade de prisão domiciliar para Jair Bolsonaro, embora essa medida não deva constar no texto final.
“O STF precisa estar envolvido nessa construção para que não se aprove um texto inconstitucional. Não podemos deixar essa pauta travar outras prioridades do país, como a PEC da segurança e a agenda econômica”, afirmou Aécio. Durante a reunião, também foi decidido mudar o nome do projeto, evitando o termo “anistia” e buscando um texto que, segundo os participantes, dificilmente agradará a todos.
O encontro reforça a articulação política de figuras influentes para ajustar o projeto de lei e evitar embates judiciais futuros, mantendo a atenção sobre um dos temas mais polêmicos da pauta legislativa atual.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações CNN