Sexta, 03 de Outubro de 2025

Feminicídio e suicídio chocam Campo Grande: casal é encontrado carbonizado em incêndio

Gisele da Silva foi esfaqueada pelo companheiro antes de ambos terem os corpos consumidos pelo fogo em residência no bairro Monte Castelo

03/10/2025 às 09h37
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Um crime brutal abalou o bairro Monte Castelo, em Campo Grande, na noite desta quinta-feira (2). A polícia encontrou Gisele da Silva Saochine, de 27 anos, morta com sinais de esfaqueamento, e seu companheiro, Anderson Cylis Saochine Rezende, ambos carbonizados em um incêndio na residência do casal, localizada na Rua Rio Pardo.

De acordo com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), a investigação inicial aponta que Gisele foi esfaqueada antes de ser arrastada até o quarto e ter o corpo queimado. Anderson, por sua vez, foi encontrado morto dentro do veículo da família, estacionado na garagem, também em chamas. O crime é tratado como feminicídio seguido de suicídio, embora ninguém tenha testemunhado o ocorrido.

Um vizinho, que preferiu não se identificar, descreveu o casal como tranquilo e religioso. “Nunca vi uma briga ou discussão entre eles. A gente fica embasbacado. Era um casal evangélico e parecia ser feliz”, relatou. Segundo o morador, Gisele era manicure e estudante de enfermagem, enquanto Anderson trabalhava com móveis planejados.

A filha do casal, de 16 anos, foi quem abriu o portão ao chegar da escola, antes da chegada do Corpo de Bombeiros, que utilizou 3 mil litros de água para controlar as chamas, com apoio de 11 militares e quatro viaturas. O fogo foi intenso, destruindo o imóvel e provocando o desabamento do telhado de um dos ambientes.

No quintal, a polícia encontrou marcas de sangue, uma faca e recipientes com álcool e diluidores de tinta, indicando que os corpos podem ter sido arrastados e que o incêndio teria sido provocado com produtos inflamáveis.

Gisele é a 27ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul neste ano, sendo a 5ª em Campo Grande. Hoje (3), a DEAM inicia a oitiva das primeiras testemunhas, enquanto a polícia busca reconstruir a sequência dos fatos que levaram à tragédia.

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*Com informações Campo Grande News

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