Um rapaz de 21 anos, morador de Campo Grande, morreu na noite de quinta-feira (2) após apresentar sintomas de intoxicação por álcool possivelmente adulterado com metanol, configurando o primeiro caso suspeito no estado. Ele deu entrada na UPA Universitário consciente, comunicativo e estável, com náuseas, vômitos e mal-estar abdominal, mas sofreu parada cardiorrespiratória cerca de uma hora depois e não resistiu.
Segundo familiares, ele havia consumido cachaça e whisky nos dias anteriores, e teria comprado uma garrafa de pinga na quarta-feira, ingerida com suco, antes de passar mal na manhã seguinte. A equipe de saúde tentou reanimá-lo e intubá-lo, mas o jovem foi declarado morto às 19h53. Amostras de sangue e urina foram encaminhadas ao Lacen para exames toxicológicos, e a bebida ingerida foi apreendida.
A Polícia Civil investiga o caso e recolheu outras garrafas de álcool na residência do jovem, localizada no Jardim Colibri. O corpo foi levado ao IMOL para exame necroscópico. A suspeita é de intoxicação por metanol, substância industrial altamente tóxica que não deve ser ingerida, podendo causar falência de órgãos, cegueira e morte.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que, em respeito à privacidade, não divulga detalhes individuais de pacientes. A Vigilância Sanitária segue fiscalizando a procedência das bebidas comercializadas na cidade e até o momento não havia registros de metanol ou intoxicações semelhantes em Campo Grande.
O caso acende um alerta nacional, já que episódios de adulteração de bebidas têm sido relatados em outros estados. O Ministério da Saúde, junto à Anvisa e órgãos de fiscalização, criou uma Sala de Situação para monitoramento e medidas preventivas.
Especialistas reforçam que o consumo de bebidas de origem duvidosa representa alto risco à saúde e destacam a importância de procurar atendimento imediato em casos de mal-estar após ingestão alcoólica.
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*Com informações Campo Grande News
