
Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero preencheu a história com coragem. Com suas 95 teses, ele questionou práticas da Igreja Católica e provocou a maior revolução religiosa da Europa. O protesto, motivado principalmente pela venda de indulgências, foi muito mais que um ato de fé: foi um grito de liberdade que ecoa até hoje.
O pastor Wilton Acosta, presidente do Consepams em Mato Grosso do Sul, não hesita em destacar a magnitude desse movimento:
“A Reforma foi o rompimento de um Estado atrasado para uma sociedade moderna. A ciência, a arte, a cultura, a educação e a democracia que temos hoje são frutos diretos da coragem daqueles homens”.
Para Acosta, a Reforma não se limitou à religião.
“Ela mudou a educação, abriu espaço para a ciência, transformou a arte e a cultura, e deu à humanidade uma nova consciência sobre liberdade e responsabilidade individual. Foi ali que o mundo ouviu novamente: ‘O justo viverá pela fé’”.
A Reforma Protestante, além de desafiar dogmas, criou um movimento que atravessou fronteiras. Ulrico Zwinglio na Suíça e João Calvino na França levaram adiante o legado de Lutero, espalhando a revolução ideológica pela Europa e moldando sociedades modernas.
O pastor destaca que os efeitos da Reforma são visíveis em cada aspecto da vida moderna. Educação, ciência, arte, consciência crítica e liberdade individual são frutos da coragem de questionar estruturas rígidas.
“Estamos falando de um movimento que não apenas transformou a fé, mas também moldou a forma como pensamos, aprendemos e vivemos. A Reforma nos ensinou que questionar, inovar e buscar justiça é possível e necessário”.
No Brasil, o Dia da Reforma é celebrado pelas igrejas protestantes e luteranas como um convite à reflexão sobre fé, coragem e consciência social. Acosta reforça:
“Não podemos apenas admirar Lutero. Precisamos nos perguntar: estamos dispostos a enfrentar nossos desafios com fé e convicção? A sociedade que vivemos hoje é fruto da Reforma, e é nossa responsabilidade mantê-la viva, agindo com coragem e consciência”.
Mais de 500 anos depois, a mensagem é clara: a fé não é passiva. Ela transforma. Ela desafia. Ela inspira. Lutero mostrou que um homem, com coragem e convicção, pode mudar o mundo. E, segundo Acosta, cada pessoa tem a mesma oportunidade de ser protagonista da própria história.
“A Reforma nos ensina que questionar, desafiar e transformar não é apenas possível, é essencial”.
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