O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, decidiu manter sob sigilo o depoimento prestado por Anderson Torres à Corte Eleitoral.
Segundo O Globo, a decisão está relacionada às “impressões pessoais” do ex-ministro da Justiça sobre a saúde de Jair Bolsonaro após a derrota nas urnas em 2022.
Apesar de não se tratar de um processo de segredo de justiça, o sigilo do depoimento será mantido pelo tempo necessário para que cumpra sua finalidade, e será reavaliado oportunamente. A medida não afetará todo o depoimento de Anderson Torres.
Para “conciliar os interesses envolvidos”, o TSE fará duas versões do depoimento: uma integral e outra sem a parte que trata da saúde do ex-presidente.
Ambas as versões, quando juntadas aos autos da ação de investigação judicial eleitoral movida pelo PDT contra Bolsonaro, ficarão acessíveis às partes, assegurando ao autor e ao Ministério Público Eleitoral o acesso à íntegra do depoimento.
Na oportunidade em que vier a ser feita a divulgação pública dos depoimentos, somente a segunda versão terá seu sigilo levantado, determinou Gonçalves.
Anderson Torres prestou depoimento ao TSE na última quinta-feira (16) no âmbito da investigação sobre a realização da reunião de Bolsonaro com mais de 40 embaixadores, na qual o ex-presidente falou sobre a atuação do Tribunal Superior Eleitoral e às urnas eletrônicas.
