Quarta, 12 de Novembro de 2025

Amorim vai a Moscou e Paris tratar de guerra na Ucrânia e moeda brasileira

Ministro russo virá ao Brasil para tratar do uso de moedas locais entre Rússia e Brasil

03/04/2023 às 11h15 Atualizada em 03/04/2023 às 11h38
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Chefe da assessoria especial da Presidência da República, Celso Amorim
Chefe da assessoria especial da Presidência da República, Celso Amorim

Em uma missão discreta e que não foi divulgada oficialmente pelo governo, o chefe da assessoria especial da Presidência da República, Celso Amorim, esteve em Moscou e em Paris nos últimos dias para tratar da guerra na Ucrânia e o uso de moedas locais no comércio entre Rússia e Brasil, segundo relatos por fontes no Palácio do Planalto.

Amorim esteve por dois dias na Rússia. Ele chegou na quarta-feira (29). Depois, embarcou na sexta-feira (31) para a França. 

O ex-chanceler, que chefiou o Itamaraty nos dois primeiros governos Lula da Silva (2003-2010) e é o principal conselheiro do presidente para temas de política externa, se reuniu com os assessores próximos dos presidentes Vladimir Putin e Emmanuel Macron.

Nas conversas, ele explorou a possibilidade de uma atuação do Brasil como eventual facilitador em um processo de paz entre Rússia e Ucrânia.

A ida a Paris teria ocorrido porque a França é uma das grandes aliadas do primeiro-ministro Volodymyr Zelensky no conflito. Uma escala em Kiev para falar diretamente com o governo ucraniano foi considerada tecnicamente inviável.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, deve visitar o Brasil no dia 17 de abril. Na semana anterior, Lula estará em Pequim e pretende conversar sobre a guerra com o líder chinês, Xi Jinping.

O Planalto avaliou positivamente o documento com 12 pontos para uma proposta de paz na Ucrânia, que foi divulgado pela China em fevereiro. A proposta foi criticada por potências ocidentais. Putin, pelo contrário, disse que ela pode funcionar como uma base inicial.

Além da guerra, um tema que pode ser objeto das conversas de Lavrov em Brasília é o uso de moedas locais no comércio entre Rússia e Brasil.

Moscou sofre com a falta de divisas internacionais por causa das sanções impostas pelo Ocidente. O país é o maior fornecedor de fertilizantes para a agricultura brasileira.

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