Quinta, 21 de Novembro de 2024
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Sem reajuste, professores fazem paralisação no dia 29 em Campo Grande

Manifestação pede pagamento de reajuste salarial previsto em lei!

27/11/2022 às 07h28 Atualizada em 28/11/2022 às 07h21
Por: Fonte: CGNews
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Manifestação dos professores dia 25 | Foto: Paulo Francis
Manifestação dos professores dia 25 | Foto: Paulo Francis

O presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Lucílio Nobre, divulgou que na próxima terça-feira (29), os professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) farão nova paralisação para analisar proposta de reajuste, que deve ser enviada pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PRP).

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Caso o documento não atenda o mínimo esperado pela categoria, será deflagrada greve geral que começará no dia 1° de dezembro.

O impasse é sobre o percentual de reajuste salarial - "Até hoje nenhum prefeito cumpriu reajuste de 10,39% determinado por lei, sempre sob alegação de que não podem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal" - disse o presidente. 

“a decisão é por mais uma paralisação e ainda assim é uma demonstração de que somos tolerantes, porque vamos esperar a prefeita que ficou de entregar proposta na terça-feira de manhã”, explica.

Para Lucílio, “existem saídas, se ela (prefeita) quiser tem jeito. Ela está há oito meses (como chefe do Executivo), deveria ter feito o dever de casa, e assim que pegarmos a proposta vamos apresentar em assembleia e analisar. Se concordarmos, seguimos (com as atividades) normais e estará desfeita a greve que está prevista para o dia 1° de dezembro”.

A professora Miriam Borges disse que foi acordado e documentado com o prefeito anterior, Marquinhos Trad, mas a prefeita Adriane Lopes não está cumprindo o acordo do Piso Salarial de 2022 - "foi parcelado e teria um acréscimo de 10,39% em novembro para receber em dezembro, onde a prefeita concordou mas agora não recebe a equipe da ACP, que nos representa. Estamos sem acréscimos há dois anos. Ninguém está aguentando mais".

Em nota, a Prefeitura reforçou que a proposta será entregue no dia 29 deste mês, conforme ficou acordado em reunião no dia 25. Contudo, informou que a legislação aprovada no início do ano traz um impeditivo para o município dar aumento imediato, já que condiciona o ato ao cumprimento do Limite Prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de 51,3% para gastos com a folha de pagamento.

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“Esse gasto era de 59,6% na aprovação da lei, e hoje está em 57,1%, depois que a atual gestão adotou medidas de enxugamento de gastos, que continuam em andamento”, diz a nota. 

As aulas referentes os dois dias de paralisação serão repostos, um no sábado (2), e de terça-feira (29), em algum sábado ou ao final do calendário escolar.

Protesto 25 de novembro

Professores bloquearam o sentido Bairro/Centro da Avenida Afonso Pena em frente à Prefeitura de Campo Grande, em protesto pelo pagamento de reajuste previsto em lei, no dia 25. Os manifestantes ocuparam a avenida, liberaram apenas a passagem de ambulâncias e outros veículos de emergência, e agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) organizaram o trânsito, e cerca de oito guardas ficaram na frente da prefeitura.

Professores em grito de protesto - "prefeita, cadê você, eu vim aqui para receber, se não pagar, a educação vai parar”. Logo após o bloqueio, os representantes do foram chamados para uma reunião, por volta das 9h30, com a equipe da prefeita. 

Logo depois que receberam a informação que não seriam atendidos ainda durante a manhã pela prefeita, Adriane Lopes (PRP), que sugeriu reunião somente às 14h.

Entenda a reivindicação

A situação se arrasta desde quarta-feira (23), quando o secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, disse que a prefeita não poderia pagar o reajuste de 10,39% em dezembro para não ultrapassar o limite da folha de pagamento, o que infringiria a lei de responsabilidade fiscal, mas estava disposta a “dialogar com a categoria”. 

Previsto em lei municipal, esse percentual faz parte de um escalonamento do aumento do piso determinado por lei federal para elevar o salário do piso de 20h de R$ 3,3 mil para 3,8 mil. 

Neste ano, foi sancionado o aumento gradual para atingir a totalidade do reajuste de 62,4% em outubro de 2024. Algumas parcelas já foram pagas, mas o secretário anunciou que não estava garantida a parcela de dezembro.

Acordo com prefeita - Adriane Lopes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Professores se mobilizam

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