Nesta quinta-feira (2) o presidente russo, Vladimir Putin, assinou uma lei revogando a ratificação do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBL). Essa decisão ocorre em meio ao conflito na Ucrânia e à crise com o Ocidente.
O CTBT, assinado em 1996, tem como objetivo proibir todos os testes de armas nucleares. No entanto, o tratado nunca entrou em vigor porque países importantes, como os Estados Unidos e a China, nunca o ratificaram.
Em fevereiro de 2022, início do conflito na Ucrânia, autoridades russas de alto escalão têm ameaçado usar armas nucleares em diversas ocasiões.
Putin afirmou no início do mês passado que a Rússia poderia revogar a ratificação do CTBT em resposta ao fato de os Estados Unidos não terem ratificado o tratado.
“Não estou pronto para dizer se devemos retomar ou não os testes “, declarou Putin, enquanto elogiava o desenvolvimento de novos mísseis capazes de transportar ogivas nucleares.
Na semana passada, o presidente russo supervisionou exercícios com mísseis balísticos para preparar suas tropas para um possível “ataque nuclear massivo” como retaliação. O projeto de lei para revogar o tratado foi aprovado pelo Parlamento Russo no mês passado.
Embora o CTBT nunca tenha entrado em vigor, ele foi ratificado por 178 países, incluindo as potências nucleares França e Reino Unido, e possui valor simbólico.
Os defensores do tratado argumentam que ele estabelece uma norma internacional contra os testes de armas nucleares. No entanto, os críticos afirmam que o acordo não será efetivo sem a ratificação das principais potências nucleares.
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*Com informações Revista Crusoé