Após chamar Israel de ‘Estado assassino', Padre Júlio Lancellotti disse que foi “bombardeado”
O padre reforçou críticas às ações realizadas pelas forças militares israelenses, que há um mês travam guerra contra grupos terroristas
08/11/2023 às 09h22Atualizada em 08/11/2023 às 11h36
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Depois de gravar um vídeo e fazer acusações contra Israel, o padre Júlio Lancellotti tentou se fazer de vítima diante da repercussão negativa de sua acusação.
O líder católico disse que o país judaico é um “Estado assassina, durante um evento do PT em São Paulo. Agora, em vez de explicar por qual razão chamou Israel, que foi atacado por terrorista em 7 de outubro, Lancellotti reclamou das críticas que recebeu no decorrer dos últimos dias.
O padre disse que “fui bombardeado de todos os lados”, ao participar de debate promovido pela Comissão Justiça e Paz, da Igreja Católica, na noite de segunda-feira (6), em Brasília.
“Principalmente por católicos, católicos muito religiosos, muito ortodoxos, muito fidelíssimos à ortodoxia da igreja, que não são capazes de refletir que o povo palestino não é Hamas e Hamas não é o povo palestino”.
Coordenador da Pastoral do povo da Rua de São Paulo, o padre reforçou críticas às ações realizadas pelas forças militares israelenses, que há um mês travam guerra contra grupos terroristas. Citando número propagado pelo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, o padre afirmou que está em curso um “genocídio contra o povo palestino”. Sem citar que a única fonte é o movimento criminoso, ele afirmou que, nas últimas semanas, mais de 4 mil crianças palestinas foram mortas.
Em entrevista a Folha de S.Paulo, o padre Lancellotti tentou minimizar sua acusação contra Israel. “Quem sou eu nesse jogo? Que mudança teve na guerra desde que eu falei?Eu não passo de uma merda seca”, disse o pároco. O que mudou com minha fala? Morreu alguém por causa do que eu falei? Alguém ia dar um tiro na cabeça de alguém e depois não deu? A minha palavra é igual ao latido de um cachorro no fundo de quintal”.
O padre Júlio Lancellotti, que é crítico assumido de Israel, integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, mantido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além dele, o time de conselheiros conta com figuras como o influencer Felipe Neto, a apresentadora Bela Gil e até militante do MST (Movimento dos Sem Terra).
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