Famílias de reféns mantidos pelo Hamas vão enfrentar o que classificam com uma “semana terrível” antes de saber se seus parentes estarão entre as pessoas libertadas, depois que Israel e o Hamas chegaram a um acordo nesta quarta-feira (22).
No 48º dia de guerra, a expectativa no Oriente Médio é pelo início do acordo negociado entre Israel e Hamas. Havia uma esperança de que a libertação dos reféns começasse já nesta quinta-feira (23), o que acabou frustrado por anúncio do Conselho Nacional de Segurança israelense. Mesmo assim, o processo, que é lento e passa pelos últimos acertos, dá início a um novo capítulo no conflito que assola a região.
Os Estados Unidos apoiaram o acordo costurado, e que contou com a mediação do governo do Catar. A negociação é para a libertação de 50 dos cerca de 240 reféns capturados pelo Hamas. Em troca, o lado israelense concordou em cessar-fogo temporário de quatro a cinco dias e a libertação de prisioneiros palestinos.
Segue como incerto quando se dará o início do cessar-fogo temporário no conflito, mesmo com o governo de Israel garantindo que a libertação dos reféns não ocorrerá antes da próxima sexta-feira (24).
O governo de Israel publicou uma lista com os nomes de 300 prisioneiros, dos quais devem ser escolhidos 150 para serem “trocados” pelos reféns.
A mídia israelense, porém, informou que, até a noite de quarta (horário de Brasília), o Hamas não havia disponibilizado a lista de reféns que seriam liberados e que o tratado ainda não tinha a assinatura das partes.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Benjamin Natanyahu, reafirmou, durante coletiva de imprensa nessa quarta-feira (22) que, após cumprido o cessar-fogo negociado com o Hamas, a guerra continuará. De acordo com o líder, o conflito não terá fim enquanto não forem cumpridos os objetivos de destruir os extremistas, libertar todos os reféns e garantir que não haverá novos grupos que ameacem o país.
No discurso, Netanyahu afirmou que as condições para o acordo entre as duas partes do conflito foram criadas pela “pressão massiva” empreendida pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) por meio de bombardeios e incursões terrestres, aliada à questão diplomática. “A combinação de esforços militares e políticos fizeram isso ser possível”, explicou.
Ele ainda classificou o acordo como a decisão correta a ser tomada. Vale lembrar que, nas últimas semanas, cresceu a pressão sobre Netanyahu quanto às ações pela libertação das pessoas capturadas pelo Hamas no último 7 de outubro. Um grupo de familiares e manifestantes, por exemplo, passou a protestar por medidas que visassem a libertação dos reféns.
O portal israelense Haaretz informou que, ao ser questionado durante a coletiva, Netanyahu não respondeu se o cessar-fogo acordado com o Hamas terá validade para as retaliações contra o Hezbollah. “Vamos examinar o que o Hezbollah faz e agiremos de acordo”, alegou.
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*Com informações Metrópoles
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