
Na semana passada, o ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao ministro do STF (supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes a liberação de seu passaporte para poder realizar uma viagem a Israel. O documento foi apreendido em 8 de fevereiro durante a operação Tempus Veritatis, realizada pela PF sob autorização de Moraes.
No pedido, Bolsonaro incluiu um convite do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para que o ex-presidente visite o país entre os dias 14 e 18 de maio deste ano.
Hoje, o ex-presidente expressou, em uma declaração enviada ao ministro Alexandre de Moraes, que não existem "motivos mínimos" para solicitar asilo político na embaixada da Hungria após ser alvo de uma operação da Polícia Federal.
Por meio de sua defesa, Bolsonaro também afirmou que seria ilógico sugerir que sua visita à embaixada fosse uma tentativa de fuga.
“Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário [Bolsonaro] à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, afirma a defesa do ex-presidente.
“Não há, portanto, razões mínimas e nem mesmo cenário jurídico a justificar que se suponha algum tipo de movimento voltado a obter asilo em uma embaixada estrangeira ou que indiquem uma intenção de evadir-se das autoridades legais ou obstruir, de qualquer forma, a aplicação da lei penal”, acrescentam os advogados.
Conforme relatado pelo jornal americano The New York Times, Bolsonaro permaneceu dois dias na embaixada da Hungria após ter seu passaporte confiscado durante uma operação que investigava uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Após a divulgação dos vídeos, a Polícia Federal iniciou uma investigação para determinar as intenções do ex-presidente, enquanto Alexandre de Moraes concedeu a Bolsonaro um prazo de 48 horas para prestar esclarecimentos.
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*Com informações O Antagonista