
Na manhã desta sexta-feira (26), Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), presta depoimento à Polícia Federal (PF) em uma videoconferência histórica, com a participação do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos. Este é o primeiro depoimento em que o FBI colabora desde que a corporação brasileira firmou um acordo de cooperação internacional.
A oitiva, que teve início às 10h, tem como foco duas investigações em andamento. A primeira é a Operação Lucas 12:2, que apura o suposto esquema de venda de joias dadas de presente ao ex-presidente Bolsonaro durante visitas oficiais. O Tribunal de Contas da União (TCU) determina que esses presentes devem integrar o acervo da União, não o acervo pessoal do ex-mandatário.
Em 11 de agosto, aliados e auxiliares de Bolsonaro foram alvo de ações da PF no caso das joias, incluindo Mauro Cid e o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.
A segunda investigação trata da fraude nos cartões de vacinação contra a Covid-19. Um relatório da PF indicou uma série de pessoas envolvidas na fraude e inserção de dados falsos nos cartões de vacinação. Entre os indiciados estão Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).
Segundo a PF, o depoimento de Mauro Cid, aliado a diversos elementos de prova, incluindo documentos e e-mails, sugerem que Bolsonaro teria ordenado a inclusão de seus dados e dos da filha, Laura Firmo Bolsonaro, no sistema do Ministério da Saúde.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações CNN