O mais recente clipe da música "Aceita" da renomada cantora Anitta trouxe consigo não apenas ritmos envolventes, mas também uma polêmica que agitou as redes sociais. Em um momento específico do vídeo, a artista é vista sem roupas enquanto recebe um banho de uma mãe de santo, desencadeando uma série de reações por parte do público.
Após a divulgação do clipe, Anitta relatou ter perdido milhares de seguidores em suas redes sociais, levantando debates sobre os limites entre arte, religião e a percepção do corpo na sociedade contemporânea.
A convite da coluna GENTE da revista VEJA, o pai Thalles d’Oxoguian, líder de candomblé no terreiro Ilê Ni Oxoguian, localizado em Vaz Lobo, subúrbio carioca, esclareceu o ritual apresentado por Anitta em seu novo trabalho. Segundo ele, "Para nós do Candomblé, o corpo em si é sagrado, assim como a cabeça, que também deve ser cuidada. Dentro da cultura cristã ocidental, existe um tabu em relação ao corpo, como se devesse ser escondido, sendo apenas associado à parte profana e à sexualidade. Durante o ritual, o sagrado está presente, e não há julgamento em relação ao corpo despido."
O pai Thalles explicou ainda que no Candomblé, a iniciação e os rituais são concedidos por aqueles que já possuem experiência e conhecimento na religião. "Apenas aqueles que já receberam podem conceder, essa é a regra do Candomblé. Se você já recebeu um banho ritualístico de um mais velho, então está apto para passar esse banho para outros."
Independentemente das crenças individuais, a cena provocou reflexões sobre a representação do corpo e a liberdade artística, evidenciando a complexidade das relações entre arte, religião e sociedade.
O clipe de "Aceita" continua a gerar discussões acaloradas, ressaltando a importância do diálogo e do respeito mútuo diante das diferentes expressões culturais e religiosas.
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*Com informações Terra Brasil