Domingo, 07 de Dezembro de 2025

Crise na Nestlé: empresa suíça vai demitir 16 mil funcionários e enfrenta escândalo interno

Corte de quase 6% da força de trabalho visa reduzir custos e recuperar confiança de investidores após turbulência na alta gestão

16/10/2025 às 12h04
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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A Nestlé, uma das maiores empresas de alimentos e bebidas do mundo, anunciou nesta quinta-feira (16) um plano de demissões que atingirá cerca de 16 mil funcionários, representando 5,8% de sua força de trabalho global, que conta com 277 mil colaboradores.

A medida faz parte de uma estratégia da nova CEO, Philipp Navratil, de ampliar a redução de custos da companhia até 2027, passando de US$ 3,13 bilhões para US$ 3,76 bilhões (aproximadamente R$ 20,4 bilhões). “O mundo está mudando, e a Nestlé precisa se adaptar mais rapidamente”, afirmou Navratil ao divulgar o plano.

Após o anúncio, as ações da multinacional suíça na Bolsa de Valores de Zurique registraram uma alta de quase 8% no início do pregão desta quinta-feira.

A companhia atravessa ainda uma crise interna. Em setembro, o então CEO Laurent Freixe foi afastado após investigação apontar que mantinha um relacionamento secreto com uma subordinada direta, violando o código de conduta e caracterizando conflito de interesse.

O episódio também levou à saída do presidente do Conselho de Administração, Paul Bulcke, criticado por sua gestão na situação. Após quase 50 anos de carreira na Nestlé, Bulcke considerou a demissão de Freixe “necessária”, apesar de ter elogiado o ex-CEO quando foi nomeado. O cargo de presidente do conselho agora é ocupado por Pablo Isa, que assumiu em 1º de outubro.

Com demissões em larga escala, pressão por corte de custos e instabilidade na direção, a Nestlé busca recuperar a confiança de investidores e manter sua posição de destaque no mercado global de alimentos e bebidas.

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*Com informações Metrópoles

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