Sábado, 27 de Julho de 2024
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Governo Lula exige fim da greve de professores federais com acordo até segunda-feira

Greve de professores federais continua com impacto nacional; Sindicato critica postura intransigente do Governo

23/05/2024 às 08h56
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Na terça-feira (21), o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) enviou um e-mail aos sindicatos comunicando o encerramento das negociações por reajuste salarial dos professores federais, atualmente em greve, e exigiu a assinatura de um acordo até segunda-feira (27). "O governo apresentou sua proposta final (...) não restando, portanto, margem para a recepção de novas contrapropostas", escreveu a pasta na mensagem. A resposta veio após o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior) decidir pela manutenção da paralisação na segunda-feira (20).

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A proposta do MGI, enviada no dia 15, prevê um reajuste anual de 4,5% para os anos de 2025 e 2026. Já os professores reivindicam um aumento de 7,06% para 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% para 2026.

Ministério Busca Diálogo, mas Sindicato Critica Intransigência

Em nota oficial, o MGI declarou que o e-mail enviado às entidades representativas dos servidores docentes tinha como objetivo reafirmar o entendimento entre as partes. O Ministério da Educação (MEC) reiterou sua disposição para o diálogo franco e respeitoso, visando a valorização dos servidores.

Apesar das declarações oficiais, a postura do governo Lula (PT) tem gerado insatisfação entre os grevistas. “O governo federal expressa, com essa mensagem [do Ministério da Gestão], uma imensa intransigência com o processo negocial, para além de um desrespeito com a dinâmica grevista”, afirmou Gustavo Seferian, presidente do Andes-SN. Seferian ressaltou que o sindicato segue aberto ao diálogo e que, caso a base da categoria decida por apresentar uma nova contraproposta, essa será a posição oficial do Andes-SN no dia 27 de maio.

Greve Persiste e Afeta Universidades e Institutos Federais em Todo o País

Professores de universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais das cinco regiões do Brasil iniciaram a greve no dia 15 de abril. Além da recomposição salarial, eles reivindicam investimentos nas instituições, que sofreram com o sucateamento durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Desde o início da paralisação, mesas de negociação foram realizadas com a participação do MEC e do MGI. No entanto, todas as propostas apresentadas para o fim da greve foram rejeitadas pelos educadores.

Instituições em Greve:

  • Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – campi Pouso Alegre e Poços de Caldas;
  • Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – campus Rio Grande;
  • Instituto Federal de São Paulo (IFSP);
  • Universidade Federal do Rio Grande (FURG);
  • Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG);
  • Instituto Federal do Piauí (IFPI);
  • Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB);
  • Universidade Federal de Brasília (UnB);
  • Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF);
  • Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP);
  • Universidade Federal de Pelotas (UFPel);
  • Universidade Federal de Viçosa (UFV);
  • Universidade Federal do Cariri (UFCA);
  • Universidade Federal do Ceará (UFC);
  • Universidade Federal do Espírito Santo (UFES);
  • Universidade Federal do Maranhão (UFMA);
  • Universidade Federal do Pará (UFPA);
  • Universidade Federal do Paraná (UFPR);
  • Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB);
  • Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa);
  • Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR);
  • Universidade Federal de Rondônia (UNIR);
  • Universidade Federal de São Paulo (Unifesp);
  • Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD);
  • Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ);
  • Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO);
  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ);
  • Universidade Federal de Santa Maria (UFSM);
  • Universidade Federal do Pampa (Unipampa);
  • Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA);
  • Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

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*Com informações Terra Brasil

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