O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar pela décima primeira vez o inquérito das milícias digitais, que investiga a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento. Iniciada em julho de 2021, a investigação agora terá mais 180 dias para ser concluída, após a última prorrogação ocorrida em março deste ano.
A Polícia Federal solicitou mais tempo para finalizar o inquérito na última quinta-feira (6). Moraes justificou a prorrogação como necessária para o "prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes". O ministro é o relator do caso, que foi votado no plenário virtual da corte, sendo seguido pela maioria dos votantes.
O inquérito abrange investigações importantes, incluindo suposta tentativa de golpe de Estado, venda de joias recebidas pela Presidência e fraude em cartão de vacina, relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em abril, o bilionário Elon Musk foi incluído no inquérito após ameaçar reativar perfis apagados por decisão judicial. Moraes determinou a investigação de Musk por "obstrução à Justiça" e "incitação ao crime", além de sua suposta "instrumentalização criminosa da provedora de rede social 'X'".
O julgamento, que terminou na segunda-feira (10), acumula 10 votos pela suspensão, faltando apenas o voto de André Mendonça. A inclusão de Musk no inquérito, embora improvável de causar problemas sérios ao bilionário, ilustra como os inquéritos do STF ganharam vida própria. Concluir esses inquéritos é fundamental para levar os casos a julgamento, absolvendo os inocentes e condenando os culpados. Manter esses inquéritos abertos indefinidamente pode transformar uma situação histórica confusa em um estado de exceção permanente no Brasil.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações Terra Brasil