Uma enquete realizada no site da Câmara dos Deputados revelou uma forte oposição ao Projeto de Lei (PL) nº 1.904/24, que propõe equiparar o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, mesmo em casos de estupro. Segundo os resultados divulgados, 87% dos participantes "discordam totalmente" da proposta, o que representa 616.298 votos. Por outro lado, 13% dos votantes "concordam totalmente", totalizando 87.476 votos favoráveis. A votação continua aberta para novas participações.
A polêmica em torno do PL aumentou após a Câmara dos Deputados aprovar, de forma "às escuras" e simbólica, o requerimento de urgência para o texto. A deliberação não foi anunciada em plenário e gerou uma onda de reações nas redes sociais e nas ruas. Manifestações foram registradas em diversas capitais do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Florianópolis.
No Rio de Janeiro, manifestantes expressaram sua indignação com gritos contra o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), responsável por pautar a urgência do projeto. Em São Paulo, cartazes pediam "Fora Lira", enquanto em várias cidades eram vistos dizeres como "Criança não é mãe", refletindo a preocupação com os impactos da medida sobre os direitos das mulheres e o acesso à saúde pública.
A votação e as manifestações destacam um intenso debate sobre o tema, envolvendo questões de direitos reprodutivos, saúde pública e moralidade, com diferentes setores da sociedade se posicionando de maneira contundente tanto a favor quanto contra o projeto de lei.
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*Com informações Metrópoles