
O Palácio do Planalto anunciou a liberação de aproximadamente 102 milhões de reais para a Polícia Federal durante a revisão orçamentária, uma medida que representa a metade dos recursos anteriormente bloqueados para o órgão em 2024. Esse descontingenciamento surge em uma semana decisiva para uma das principais investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro: o caso das joias sauditas. A expectativa é que a PF finalize as investigações nesta semana, com possíveis pedidos de indiciamento não apenas para Bolsonaro, mas também para aliados como os advogados Frederick Wassef e Fabio Wajngarten.
Além da Polícia Federal, outras áreas do Ministério da Justiça também foram contempladas com o desbloqueio de recursos, sendo destinados 30 milhões de reais para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e 78 milhões de reais para diferentes necessidades ministeriais.
A recuperação desses recursos orçamentários é considerada uma vitória pelo atual diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, e pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto, fortalecendo as capacidades investigativas do órgão em um momento crucial.
Antes de finalizar o inquérito sobre as joias sauditas, a Polícia Federal está concentrada na análise do conteúdo dos telefones celulares de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. Fotos, vídeos e mensagens trocadas em aplicativos de conversa estão sendo examinados pelos investigadores, especialmente em relação à compra de um relógio Rolex, originalmente presenteado pelo governo saudita a Bolsonaro, e posteriormente negociado nos Estados Unidos.
As investigações apontam que outros itens, também presenteados por autoridades sauditas e do Bahrein, incluindo relógios de luxo das marcas Rolex e Patek Phillipe, foram objeto de negociações, com registros encontrados no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, indicando vendas no valor de 68 mil dólares, equivalente a aproximadamente 347 mil reais.
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*Com informações Terra Brasil