Na manhã desta quarta-feira (3), o dólar americano registrou uma queda significativa de 1,714%, sendo cotado a R$ 5,56, após uma série de altas consecutivas. No dia anterior, a moeda havia fechado em alta de 0,22%, alcançando R$ 5,66 durante o pregão. Simultaneamente, a Bolsa de Valores brasileira (B3) operou em alta de 1,37%, atingindo 126.497 pontos.
A redução na cotação do dólar foi impulsionada pelos dados divulgados sobre a criação de empregos nos Estados Unidos. Em junho, a economia americana gerou 150 mil novos postos de trabalho, um número ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, que projetava 160 mil vagas. Esses indicativos sugerem uma possível desaceleração econômica nos EUA, alimentando especulações de uma redução da taxa de juros pelo Federal Reserve, o que é visto como positivo para economias emergentes como a brasileira.
O mercado também está atento aos desdobramentos da reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, juntamente com outros integrantes da equipe econômica. As discussões envolvem questões fiscais cruciais para o país, e analistas esperam que as recentes flutuações no câmbio sejam um dos principais temas em pauta.
Segundo análise do economista Márcio Holland, o real brasileiro apresentou uma desvalorização significativa no primeiro semestre deste ano, superando outras moedas emergentes como o peso argentino. Com uma queda de 15%, o real destacou-se negativamente em comparação ao recuo médio de 4,4% observado em outras economias do bloco.
Este cenário reflete a sensibilidade dos mercados às políticas econômicas internas e externas, destacando a importância das decisões políticas e econômicas para a estabilidade financeira do país.
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*Com informações Metrópoles