Na mais recente revelação envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), jornalistas críticos ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e políticos de oposição foram alvos de um esquema ilegal de monitoramento. A Polícia Federal, durante a Operação Última Milha, descobriu que figuras como Mônica Bergamo da Folha de S.Paulo, Vera Magalhães da TV Cultura, e a jornalista Luiza Alves Bandeira foram espionadas usando o software israelense First Mile. Além disso, a Agência Pública, especializada em checagem de fatos, também foi alvo da organização criminosa.
Entre os políticos monitorados estavam o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, e os senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues. No Judiciário, ministros do Supremo Tribunal Federal como Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux também tiveram suas atividades monitoradas.
A investigação revelou que a operação ilegal tinha como objetivo monitorar a disseminação de informações falsas e o avanço da extrema-direita nas redes sociais, além de influenciar o debate público durante as eleições e outros temas sensíveis.
Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, está entre os principais investigados na Operação Última Milha, que visa desmantelar uma organização criminosa dentro da Abin durante o governo de Jair Bolsonaro. A ação marca a quarta etapa da operação, evidenciando a gravidade das acusações e o alcance do esquema de espionagem ilegal.
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*Com informações Correio Braziliense