
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados enfrenta desafios significativos nas oitivas que investigam Chiquinho Brazão (Sem partido/RJ) por seu suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol). A falta de participação de testemunhas e deputados tem sido uma constante durante as sessões.
Na última terça-feira (15), iniciou-se a série de depoimentos, contando com testemunhas convocadas pela relatora Jack Rocha (PT/ES) e pela defesa de Brazão. No entanto, apenas dois deputados, Tarcísio Motta (PSol/RJ) e Chico Alencar (PSol/RJ), demonstraram envolvimento efetivo nas oitivas.
A segunda rodada de oitivas, realizada nesta segunda-feira (15), testemunhou depoimentos de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Willian Coelho, vereador do Rio, e Paulo Sérgio Ramos, ex-deputado federal. Apesar da presença de alguns deputados, apenas Chico Alencar realizou perguntas aos depoentes.
O presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Júnior (União/BA), explicou que a baixa participação dos parlamentares se deve às convenções partidárias e ao recesso parlamentar. "Os deputados estão em suas bases, participando de convenções, o que dificulta uma maior participação nas sessões", destacou Leur Lomanto. Ele reforçou o compromisso do conselho em cumprir os prazos regimentais e analisar o parecer da relatora no início de agosto.
Jack Rocha apresentou o plano de trabalho em 16 de junho, prevendo o depoimento de 15 testemunhas, incluindo Chiquinho Brazão. Contudo, algumas testemunhas, como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), declinaram do convite.
A oitiva ainda aguarda os depoimentos de Domingos Brazão, deputado federal e irmão de Chiquinho Brazão, e de Thiago Kwiatkowski Ribeiro, vice-presidente do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE).
De acordo com relatório da Polícia Federal, os irmãos Brazão são apontados como mandantes do assassinato de Marielle Franco, com a participação de Rivaldo Barbosa no planejamento do crime. A prisão de Domingos e Chiquinho Brazão, junto com Rivaldo Barbosa, ocorreu após a delação premiada de Ronnie Lessa, executor confessado do crime.
O processo no Conselho de Ética continua a investigar as acusações contra Chiquinho Brazão, enquanto a população e os familiares de Marielle Franco aguardam por justiça e transparência no desfecho desse caso emblemático para a política brasileira.
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*Com informações Metrópoles