
Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social e atual advogado de Jair Bolsonaro, anunciou nesta quinta-feira (8) que deixará a defesa do ex-presidente nos inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão vem após a Polícia Federal (PF) indiciar Wajngarten no caso envolvendo a recompra de um Rolex, o que, segundo o advogado, configura uma tentativa de "criminalizar a advocacia".
Wajngarten informou que oficializará seu afastamento do STF para cumprir o Código de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em sua declaração, ele expressou que a acusação de obstrução das investigações relacionada às joias presenteadas a Bolsonaro levou a um "conflito de interesses irremediável". O advogado reafirmou sua crença de que os inquéritos contra Bolsonaro são resultado de uma "perseguição política" e que a Constituição tem sido desrespeitada durante o processo.
A Polícia Federal acredita que Wajngarten, junto com o advogado Frederick Wasseff, teria atuado na recompra de um Rolex por R$ 250 mil, com o objetivo de obstruir as investigações. No entanto, interlocutores dos advogados questionam a veracidade dessa versão, apontando que Wajngarten e Wasseff teriam pouca afinidade.
Wajngarten, que ocupou um papel chave na comunicação do governo de Bolsonaro, agora enfrenta um cenário de complexa judicialização, enquanto o ex-presidente busca novos representantes legais para seus casos no STF.
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*Com informações Metrópoles